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Ferreira foi sempre terra de ferreireiros tal como atesta a lenda que deu origem à própria vila. A arte de “malhar”, de trabalhar o ferro tem acompanhado o desenvolvimento da própria vila e ainda perdura na oficina de ferro forjado de Armindo Fragoso. Nesta oficina o ferro assumiu diferentes formas-florais, geométricas, caracóis, peixes, etc, que ainda hoje adornam as principais fachadas das habitações locais (janelas, portas e portões) ou os seus quartos (camas em ferro com caracóis). Também aqui se faziam instrumentos para trabalhar no campo-enxadas, foices, machados.

Na freguesia de Odivelas persiste um saber fazer, a produção de cestas de esteira, que se tornou um elemento incontornável desta comunidade. Hermínia Gonçalves e José Nunes são um casal de artesãos que mantém viva esta atividade ancestral que tem vindo a acompanhar o Homem ao longo dos últimos milénios e que, no caso concreto, evidencia a capacidade de transformar fibras vegetais tais como o junco e o vime em cestas. Este saber fazer tem sido passado de geração para geração até hoje e engloba conhecimentos relacionados com as fibras vegetais envolvidas, nomeadamente, onde, quando e como se recolhem e preparam e ainda com o saber montar um tear e criar, a partir da técnica do entrelaçado, uma cesta.

As Mobílias Tradicionais Alentejanas de Ferreira do Alentejo têm atrás de si uma história com mais de oito décadas. São peças com história onde a arte e a tradição persistem em combinar-se numa harmonia perfeita.

Atualmente a produção de mobílias alentejanas é assegurada pela Mobitral, uma empresa municipal de capitais mistos, constituída desde 2003.